Saudade é como música
Daquelas que não se entende
Mas se sente como corte
De faca cega, amolada pelo tempo
Saudade é samba no salão
Sozinho e sem confete
É afinar o violão
Sem ter o que tocar
Saudade é blues inacabado
Que não se sabe como começar
É o canto choro de um fado
Que dói fundo, além-mar
Saudade é livro de páginas em branco
Daqueles que se lê sem pudor
Daqueles que nos dão imensa fome
E se escreve em cada página
O seu nome.
Dedicado
Saudade é Cartola cantando com o coração na mão, para quem o escuta do mesmo jeito.
ResponderExcluirNada mais é preciso dizer, visto que tudo já foi dito.