quarta-feira, 15 de junho de 2011

Que me confunde.

            O meu mundo caiu.
            Consternadamente
            Eu reconheço
            E estremeço
            A essa nova condição
            Que se faz a minha frente

            O meu mundo caiu
            Bem aos meus pés
            E também aos seus
            Que junto aos meus
            Agora não mais
            Andam em revés

            O meu mundo caiu
            Como caem os impérios
            Por tolos construídos
            E por fim ruídos
            Não contando intempéries
            E seus terrificantes mistérios

            O meu mundo caiu
            Como já disse antes
            Sem que eu pudesse esperar
            Antes que eu pudesse pensar
            Estávamos os dois perfilados
            Como livros nas estantes
           
            O meu mundo caiu
            Mundo que era meu
            E foi quando te vi
            Que o vi cair
            O meu mundo caiu
Bem ao lado do seu. 



quinta-feira, 2 de junho de 2011

Poeta Que Sou

Poeta que sou
Te escreveria declarações
Em verso e prosa
Poeta que sou
Escreveria canções
Que falassem de rosas

Poeta que sou
Publicaria um livro
Que teria seu nome
Poeta que sou
Me manteria vivo
Com amor que me mata a fome

Poeta que sou
Escreveria no céu
Com caneta imaginária
Poeta que sou
Lambuzaria de mel
Faria a comédia mais hilária

Poeta que sou
Faria tudo de novo
Mas diferente
Poeta que sou
Mostraria a todo o povo
Seria amante descabido e demente

Poeta que sou
Faria agora o que deixei pra trás
E não o que posso fazer, apenas
Poeta que sou
Reescreveria nossa história
Tudo a força de pena.

Com amor...


Pedaço

Olha pra mim
E veja o que eu vejo
Me diga então
O que você vê?

Segura a minha mão
E sinta o que eu sinto
Então, diga
O que você sente?

Fala baixinho no ouvido
E escuta o que eu ouço
E me diz
O que você ouve?

Beija minha boca
E sente o gosto
De tudo que tenho
Pra você
De tudo que eu já senti
Com você
E escuta da minha língua
Tudo que tenho pra dizer
Lambendo o tempo entre nós dois
Molhando nossa vontade
Com vontade de morder
Morde minha boca
E me diz, então
Qual pedaço você quer?